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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: https://www.revistaperpetua.com

 

RAPHAEL CARMESIN

( Pará )

 

É natural de Belém, Pará, Brasil.
Servidor público federal.

Tem publicado textos (poesia, contos e crônicas) em coletâneas desde 2009, por meio de concursos literários.

* 

Doutorando em Educação pela Universidade Federal do Pará (2019). Mestre em Educação pela Universidade Federal do Pará (2018). Pós-graduado no curso de Especialização em Filosofia da Educação da Universidade Federal do Pará (2015). Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Pará (2013). Membro do PAIDEIA - Filosofia da Educação, Epistemologia e Formação, grupo de pesquisa vinculado ao Instituto de Ciência da Educação (ICED) da Universidade Federal do Pará. Técnico-Administrativo lotado na Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Informações coletadas do Lattes em 25/06/2020 - ESCAVADOR  

 

VII ANUÁRIO DA POESIA PARAENSEAirton Souza organizador.  Belém: Arca Editora, 2021.  221 p.  ISBN 978-65-990875-5-4    
Ex. Antonio Miranda


Na próxima esquina

 

Gostaria de encontrar-me
Na próxima esquina
Em forma de menino;
Pé preto na bola
Selvagem
Esquálido,
Saturnino.

Gostaria de levar este menino pela rua;
Não.
Que eu fosse levado por este menino
Rodeado de amigos

Cortando encruzilhadas,
Campões,
Antigas castanheiras,
Saltando nas cacimbas,
Chupando
manga fresca,

Sob ralados nos joelhos
Te deixo um conselho: Deixa-te levar pelo menino que fostes
Ele não está em cada espelho;

Está nas esquinas do teu coração.

Está onde sempre veio.

 

Céu de Outubro

Outubro é quando fico mais perto do Céu,
(ou ele à terra desce)
Arrastado pelas gentes,
em Arrastões cheios de Pavulagem.
É quando me transmuto em pernalta
Sobranceiro sobre as minhas própri
 

as pernas
Não me falta o ar, nem o medo
Ao contrário do que dizem os físicos:
Aqui do alto, no cortejo: nada é rarefeito.;

Outubro é quando viro pássaro em pernas de pau
Vejo crianças vestidas de anjos,
As ruas forrada de arco-íris,
Um rebanho de bois azulados,
O Batalhão da Estrela luzindo
Chapéus multicolores como flores
Bolhas de sabão refletindo
Toda a Constelação de cores
Cruzando o Céu de Outubro o panteão de
Palhaços e amantes fulgurantes.

E no horizonte, ainda vejo Nazinha
Se achegando, trazendo o Deus-menino
Qual santa pavuleira espantosa, toda nossa.
Vem coroar o Céu de Outubro
Com o seu milagre uterino.
 

*

VEJA e LEIA outros poetas do PARÁ em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/para/para.html

 

Página publicada em março de 2022

 


 


 

 

 
 
 
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